sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quem sou eu:

Um pouco sobre Nelson Neto
(atualizado 04/09/20)

Tenho 34 anos, sou natural de São Paulo/SP, passei a infância no interior paulista e morei muitos anos no Estado do Paraná, a maior parte em Foz do Iguaçu, mundialmente conhecida como a Terra das Cataratas, uma cidade encantadora que além das Cataratas do Iguaçu conta com outros pontos turísticos como o Marco das Três Fronteiras, Parque das Aves, Hidrelétrica de Itaipu (maior em funcionamento do mundo) e a fronteira com Argentina e Paraguai, entre outras atrações.

Um breve resgate histórico sobre meu contato com a bicicleta e a complexidade urbana de Foz do Iguaçu pode ser lido no link a seguir: (veja aqui!)

No Paraná também morei quatro anos em Marechal Cândido Rondon para fazer a faculdade. Sou graduado desde 2010 no curso de História pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Foi nesse município, onde a bicicleta é amplamente utilizada que comecei as primeiras pedaladas no cicloturismo e não parei mais.

Realidade paradoxal de Marechal Rondon: (veja aqui!)

Adepto à atividade física desde criança, tive a oportunidade de praticar vários esportes; natação, futebol, futsal, atletismo, surf, rapel, escalada e ciclismo, este último proporcionou-me uma aproximação maior com o cicloturismo que consequentemente possibilitou conciliar Ciclismo e História. Assim meu estilo de vida foi e continua a ser transformado com as viagens realizadas.

Praticante do cicloturismo desde dezembro de 2006, hoje são mais de 60 mil km pedalados que me possibilitaram conhecer vários lugares do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas e Roraima. Na América do Sul: Paraguay, Argentina, Chile, Uruguay, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. Para além de belezas naturais, paisagens maravilhosas e um contato maior com a natureza, foi possível ficar mais próximo de outras culturas, histórias e pessoas. Sem esquecer das amizades que foram construídas pelo caminho. Expedições realizadas; (veja aqui!)

Com exceção da Expedição de Verão (Foz do Iguaçu x Florianópolis) e a Volta pela América do Sul, todas as outras viagens foram realizadas na época da faculdade. Foi um período difícil, pois morava sozinho, trabalhava, estudava e ainda tinha que achar tempo para pedalar. Em 2007 consegui uma bolsa de pesquisa e tudo ficou ainda mais limitado. Como na vida a gente tem que renunciar à algumas coisas para ter outras, deixei para terminar o curso em seis anos. Assim, teria mais tempo para dedicar à pesquisa e aos treinamentos para as cicloviagens. Não me arrependo em nenhum momento de tais decisões.

No entanto, minha relação com a bicicleta não se restringe apenas às cicloviagens. Em razão do contato direto com a bicicleta e sua utilização enquanto meu principal meio de transporte, ela também passou a ser analisada na área acadêmica. A temática do meu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi sobre: História e Ciclismo: A função social da bicicleta como meio de transporte na cidade de Foz do Iguaçu/PR. (Download aqui!)

O conhecimento sobre as questões que envolvem esse instrumento de locomoção me permitiu um engajamento maior em prol de sua utilização. Enquanto militante e cicloativista, participo das bicicletadas e outras mobilizações. Com a ajuda de outros ciclistas, estamos na luta pela garantia dos direitos de quem pedala e um maior respeito no trânsito para uma convivência harmônica entre todos. Abaixo é possível ver uma pequena participação na Audiência Pública na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu onde discutia-se Mobilidade Urbana.



Também utilizo a bicicleta para realizar passeios pelas trilhas, rodovias e estradas de terra, geralmente na companhia de excelentes amizades. Por alguns anos resolvi participar do mundo das competições, a principio de cross country, mas não é uma área nada fácil e barata. Depois me aventurei no duathlon e em prova de longa distância, onde conquistei meu melhor desempenho.






Sou apaixonado por viagens e o contato direto com a natureza, riquezas culturais e históricas de cada lugar. Hoje faço a maioria das jornadas de bicicleta, mas também mochilei algumas vezes conhecendo o Brasil, seja pelo cerrado da montanhosa Minas Gerais; o distante interior maranhense; a região norte em Tocantins; ou ainda a imensa São Paulo, entre outros lugares. 




Aproveitei a cicloviagem 2010/2011 para Florianópolis e realizei outro sonho: morar na praia. Na Ilha da Magia, como é carinhosamente chamada, fiquei um ano e dois meses trabalhando para conseguir a parte financeira para o maior projeto realizado; Expedição Cicloturismo Selvagem - Pedal pela América Latina (2012/13). Uma aventura com mais de 21 mil km completados em 14 meses. Cinco países e dezessete estados brasileiros. Sem dúvida foi um grande desafio, mas também um enorme aprendizado em todos os sentidos. Todas as expedições podem ser encontradas aqui no site. Boa leitura.


PS: A expedição pela América do Sul (2012/13) mudou, literalmente, a minha vida. Durante a passagem por Manaus/Amazonas, conheci a encantadora Fabiane. Amor à primeira vista. Começamos a namorar, noivamos e depois de 1 ano e 6 meses desde o primeiro encontro, resolvemos nos casar. Subimos ao altar (na Amazônia) em setembro de 2014 e na sequencia realizamos a nossa mudança para Florianópolis. Eu sabia o caminho para o paraíso e por isso voltei para a Ilha da Magia para começar uma vida nova, vida em uma nova família.


PS2: Em março de 2017 deixamos a Ilha da Magia após 2 anos e meio para nos dedicarmos ao projeto de divulgação do livro "A vida por outros caminhos" (adquira aqui!) que conta os aprendizados, experiências e histórias adquiridos neste incrível universo do cicloturismo. Neste período vivemos, literalmente, na estrada, sem residência fixa, uma vez que o nosso objetivo era divulgar a obra e consequentemente a modalidade em todas as regiões do Brasil. Os lançamentos e palestras realizadas podem ser visualizados aqui


PS3: Em fevereiro de 2018 voltei a morar em Marechal Cândido Rondon, desta vez com a companhia da minha esposa. O retorno ocorreu, sobretudo, pelas condições que a cidade oferece para eu terminar o segundo volume do livro com tranquilidade e dedicação que a atividade exige. 

Viva! Crie as oportunidades e aproveite ao máximo.

"Hasta la Victoria Siempre"

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9 comentários:

  1. Olá Nelson, vi sua viagem pela américa latina e estou começando e me intererar em bikes e etc, no entanto, como Moro em Macapá, quero fazer uma viagem daqui até Georgetown, então gostaria, se vc puder, de obter mais informações a respeito desse trecho em específico, na verdade da guiana francesa até georgtown pq até Oiapoque eu conheço, quais as informações mais importantes que vc considera e etc, o meu email é malbatan@gmail.com. aguardo o seu contato. abraços. Wilson

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  2. SOU ALUNO DO SEU AMIGO, ELE DÁ AULA DE HISTÓRIA, SEU TRABALHO É MUITO LEGAL, E INTERESSANTE!!!!!!!!!!!!!

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    1. muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitio interessante, é interessantissimo

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  3. Nelson boa noite, pra quem vai de carro partindo de Corumba Ms ate Cochabamba na bolivia a rodovia ja esta Completamente Asfaltada existem risco de roubos assalto boatos dizem ter regiões isoladas e perigosas. vou ate Machu Pichu de carro via Acre e Peru
    e pretendo voltar cruzando toda a Bolivia
    queria um relato de que vc viu.Admiro a sua força de vontade
    e o belo passeio que vc fez com FOTOS divinamente lindas um abraço meu imail jp.roversi@gmail.com

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  4. A bicicleta é o caminho mais curto entre a vida e a liberade! (Charles Silva)

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  5. A bicicleta é o caminho mais curto entre a vida e a liberdade!!! (Charles Silva)

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  6. Hasta la victoria, siempre hermano. Conheci agora seu diário, mto bom a passagem por Manaus. Apenas uma correção pra ficar perfeito, o rio Negro, que banha a praia da Ponta Negra, é um dos afluentes, o maior na verdade, do rio Amazonas. Ele não é o Amazonas com outro nome, como sugere a atualização feita por vc. Pouco abaixo da sede de Manaus, os dois rios se encontram, formando o fenomeno do encontro das águas negras do negro e as barrentas do Solimões que correm juntos por mais de 10km sem se misturar. A partir deste ponto o rio toma o nome de AMAZONAS, o maior rio do Mundo. O Negro, que nasce na parte de cima do mapa do Estado, encerra seu curso em Manaus e se torna o 3 maior rio do mundo em extensao. No mais, tá perfeito o relato, parabéns, fiquei com inveja branca. Hasta la victoria siempre também
    Gerson Severo Dantas

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  7. Olá Nelson

    Descobri seu diário de bordo e o estou lendo com a mair animação!!!
    Mas cade os dias 01/08/12 a 12/08/12?!?!
    Parabéns pela viagem!!
    Ana

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  8. Ola Nelson,

    Eu lhe admiro muito, a sua forca e a sua coragem! Isto depois de passar quase 3 horas somente ate aqui, lendo e vendo o que voce fez.

    Eu acho que voce e um verdadeiro Don Quixote, mas um Don Quixote que enfrentou e venceu! Eu acho que fora o original nao sao muitos os Don Quixotes neste mundo que conseguem enfrentar e vencer como voce fez, ainda por cima publicando tudo aqui, durante e viagem e depois, para todo o mundo ver. Voce montou na sua Victoria, saiu pelo mundo afora enfrentando montanhas, e venceu!

    Voce e a partir de hoje e uma forca e uma inspiracao para mim. Hasta la victoria siempre, camarada. Forca e coragem para a frente. Eu espero voltar a falar com voce por aqui ou por email com mais tempo mais tarde tambem.

    Seu admirador, bem mais velho e de muito longa distancia. E atrasado alguns anos tambem. Eu encontrei voce aqui pelo comentario que voce postou no UOL sobre a materia deles sobre a Rota do Che.

    Yuval Warshai
    Ann Arbor, Michigan
    USA

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